Ex-namorado vira réu por matar esteticista e ir a festa após o crime em SC

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Mikaella, de 29 anos, foi encontrada morta dentro do próprio apartamento em Biguaçu, na Grande Florianópolis, com marcas de violência. Homem confessou o crime.

O ex-namorado da esteticista Mikaella, de 29 anos, encontrada morta esfaqueada em maio deste ano, virou réu pelo assassinato da jovem, ocorrido em Biguaçu, na Grande Florianópolis, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina na quinta-feira (26).

O crime ocorreu na noite de 9 de maio dentro do apartamento dela. Segundo a Polícia Civil, o investigado, de 23 anos, teria ido a uma festa na cidade vizinha de São José logo após o assassinato.

Um mandado de prisão preventiva contra o ex-companheiro foi aberto em 10 de maio. Ele se entregou à polícia quatro dias depois e confessou o crime, conforme o delegado Manoel Galeno, que liderou a investigação. A prisão foi mantida após passar por audiência de custódia.

Em nota, a defesa do réu, feita pela advogada Lisyane, disse que "recebeu com serenidade a notícia da denúncia oferecida pelo Ministério Público e esclarece que, desde o primeiro momento, seu cliente cooperou com as investigações e confessou o crime" (íntegra abaixo).

Conforme o delegado Manoel, além de ferimentos por faca, a vítima tinha outros machucados pelo corpo, inclusive no pescoço. O suspeito fugiu da casa da esteticista levando o carro e o telefone dela, que foram localizados posteriormente.

Segundo o TJSC, agora o réu será citado para apresentar sua defesa. O processo corre em sigilo.

Morte

No apartamento de Mikaella, os policiais encontraram marcas se sangue no chão, indicando que o corpo foi arrastado, além de uma bermuda do suspeito com vestígios de sangue.

"A família desconfiou do sumiço da vítima, aí chamou a PM. O pai da esteticista autorizou a entrada, eles arrombaram a porta ali do apartamento e encontraram o corpo dela", explicou.

A identidade do autor foi confirmada após verificação das câmeras de segurança que mostram o homem saindo do local do crime vestindo roupas ensanguentadas. Ele já tinha passagens policiais por tráfico de drogas, lesão corporal, roubo, receptação, posse de drogas e receptação de veículo.

"Após deixar o apartamento, o suspeito se dirigiu a uma casa noturna, onde uma amiga da vítima estranhou sua ausência e notou que o indivíduo apresentava um corte na mão", detalhou a PM em relatório.

O que diz a defesa do réu
A defesa de Sandro informa que recebeu com serenidade a notícia da denúncia oferecida pelo Ministério Público e esclarece que, desde o primeiro momento, seu cliente cooperou com as investigações e confessou o crime.

A atuação da defesa não se volta à negação do ocorrido, mas sim à garantia de que a legislação penal seja corretamente aplicada, com respeito aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e da individualização da pena. Eventuais excessos ou enquadramentos jurídicos desproporcionais serão enfrentados no curso da ação penal, com a devida serenidade e respaldo técnico.

Por fim, a defesa atuará com firmeza para assegurar que o julgamento de Sandro ocorra com base nos autos e nas provas, e não influenciado por sentimentos sociais de comoção ou clamor público. O sistema de Justiça exige decisões técnicas, equilibradas e isentas, ainda que os fatos envolvam grande repercussão.

FONTE: G1 PARANÁ