Mulher acusada de matar rival com bombons envenenados será julgada por júri popular

Reprodução/TV Globo

Susane Martins da Silva (foto em destaque), acusada de enviar uma caixa de bombons envenenados para Lindaci Viegas Batista de Carvalho, por ciúmes do namorado, será submetida a júri popular.

O crime ocorreu no aniversário de 54 anos da vítima, em 20 de maio de 2023. Lindaci recebeu os bombons e um buquê de flores, entregue por um motoboy que teria sido contratado pela acusada.

De acordo com a denúncia, Susane orquestrou o crime após desconfiar que o ex-namorado Mário Sérgio Grativol a traía com Lindaci. Os dois tiveram um relacionamento, antes de ele conhecer Susane, e, mesmo após a separação, continuaram a trocar mensagens pelo celular.

As mensagens foram acessadas por Susane, na ocasião em que Mário Sérgio foi preso por violência doméstica. Ele sempre negou a acusação e disse que Lindaci o estava ajudando a sair da prisão.

No dia do crime, Susane teria convencido o filho adolescente a contratar Lucas David Bernardes Borges, em um ponto de mototaxistas, em Acari, para levar a encomenda à residência da vítima, em Vila Isabel.

Moradora em São João de Meriti, ela teria ido até o bairro de Acari para contratar o serviço de Lucas. De dentro do carro, teria ficado aguardando o filho adolescente, que instruía o motoboy a dizer que a encomenda seria um presente de aniversário para Lindaci.

Ao receber o pacote, a vítima ficou desconfiada, pois recebera ameaças da acusada. Telefonou para o filho que, em tom de brincadeira, respondeu que o presente poderia ter sido enviado por seu pai e ex-marido da vítima, Alexandre de Carvalho.

Lindaci foi até um salão de beleza, comeu os bombons e, ainda, serviu às funcionárias. Elas acharam os doces com um sabor estranho e, logo em seguida, começou a passar mal.

Ela morreu no Hospital do Andaraí e o exame de necropsia apontou envenenamento por uma substância tóxica mais forte que o “chumbinho”.

A polícia encontrou embalagens com substâncias tóxicas durante vistoria na casa da acusada, além de uma pistola de nove milímetros.

Na sentença de recebimento da denúncia, o juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital, indiciou a acusada por homicídio triplamente qualificado e por corrupção de menores, já que induziu o filho a participar da trama criminosa.

A decisão manteve a prisão da acusada, com a justificativa de “tratar-se de crime extremamente grave, de maneira que a prisão é necessária para garantir a ordem pública. Outrossim, é preciso resguardar a integridade física das testemunhas, o que justifica a manutenção da prisão também por conveniência da instrução criminal”.

Fonte: Metrópoles