Cliente se recusa a ser atendido por funcionária “por causa da cor” e caso vira investigação por injúria racial

RPC

Um caso de injúria racial dentro de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis em Curitiba é investigado pela Polícia Civil (PC-PR).

De acordo com o boletim de ocorrência, na noite de sexta-feira (8), um cliente se recusou a ser atendido por uma funcionária “por causa da cor”.

De acordo com o advogado da vítima, Igor Ogar, o suspeito foi identificado e as informações repassadas à polícia.

Segundo a vítima, que prefere não ser identificada, o homem entrou no local por volta das 21h30 e pediu um lanche.

“Perguntei qual salgado ele queria e ele falou: ‘Eu não quero ser atendido por ela porque eu fico doente’. Depois disse para outra pessoa: ‘Moça, você pode pegar para mim? Porque eu não consigo com gente dessa cor’”, relatou.

Após as ofensas, o cliente desistiu da compra e deixou o local. A funcionária contou que, inicialmente, não percebeu a gravidade do que havia acontecido, mas depois registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.

“Eu só desabei e chorei. Senti a dor de outras pessoas que já passaram por isso, pensei nas minhas filhas e sobrinhos. Até hoje, quando lembro disso, começo a chorar porque é uma dor horrível de rejeição [...] Eu espero que ele pague por isso”, disse.

O advogado da vítima, Igor Ogar, classificou o caso como injúria racial. “Nós temos ali uma injúria racial que afeta a honra, a dignidade e assassina todos os sentimentos da pessoa que sofre esse tipo de violência e agressão”, afirmou.

O Sindicato dos Frentistas repudiou as ofensas e informou que está prestando assistência jurídica e psicológica à funcionária.

Fonte: G1