Adolescente retorna do Canadá cheia de histórias e motivação após intercâmbio pelo Ganhando o Mundo

Darce Almeida/Acefb

Na manhã de terça-feira (02), a tradicional reunião Café Acefb da Associação Empresarial de Francisco Beltrão, ganhou um brilho especial. A jovem estudante Eliziane Carine Fochi, de apenas 16 anos, do Colégio Estadual do Campo Paulo Freire, compartilhou sua participação no programa estadual de intercâmbio Ganhando o Mundo, em Winnipeg, cidade com pouco mais de 700 mil habitantes, localizada no Canadá. Lá ela ficou entre os dias 30 de janeiro e 27 de junho de 2025. “Eles me fizeram sentir em casa mesmo estando a milhares de quilômetros de distância”, conta Eliziane.

Mesmo diante de dezenas de pessoas reunidas no Café Acefb, Eliziane mostrou uma comunicação madura e cheia de simpatia. Sua fala foi clara, espontânea e livre de qualquer timidez. Foi uma apresentação com autenticidade e que inspirou as pessoas que participaram do encontro.

Ganhando o Mundo é um programa de intercâmbio criado pelo Governo do Paraná e oferecido para estudantes, professores e pedagogos da rede pública estadual de ensino. O objetivo é propiciar formação acadêmica em instituições estrangeiras, além de experiências culturais e pedagógicas que possam ser compartilhadas, posteriormente, nos colégios estaduais do Paraná.

Os objetivos do programa são:

-Ampliar o repertório cultural e acadêmico;

- Permitir a vivência e experiência na realidade de outros países;

- Consolidar uma rede de jovens líderes que atuarão nas escolas da rede pública estadual de ensino do Paraná;

- Potencializar o desenvolvimento da autonomia, bem como aperfeiçoar o idioma da língua inglesa.

O intercâmbio dura cerca de seis meses, durante os quais os estudantes têm a oportunidade de aperfeiçoar o inglês, imergir em novas culturas e desenvolver autonomia pessoal — experiências que retornam multiplicadas às suas comunidades. O programa cobre todas as despesas dos participantes, incluindo passagem, hospedagem, alimentação, material didático, seguro, visto e até um auxílio mensal de R$ 800. “Foi uma experiência incrível. O governo do Estado está abrindo muitas portas para que os estudantes se dediquem mais”, disse a jovem em entrevista aos repórteres.

Eliziane conta que enfrentou dias com temperatura muito baixa ficando hospedada na residência de uma família filipina juntamente com uma jovem chinesa. “O inglês é um pouco diferente daquele que estamos acostumados, eles falam mais arrastados. Mas a adaptação foi bem rápida”. Ela estudou na Sturgeon Heights High School, das 8h30 às 15h30. “O intercâmbio me proporcionou uma verdadeira imersão cultural. Conheci estudantes da Ucrânia, Japão, China, Itália e de muitos outros países. Cada conversa, cada troca de experiências, ampliou minha visão de mundo e me ensinou a valorizar as diferenças. O programa St. James organizava diversas atividades de integração, o que tornou mais fácil criar laços e viver momentos inesquecíveis com outros intercambistas. Mais do que aprender uma nova língua ou frequentar uma escola estrangeira, esse intercâmbio me ensinou sobre autonomia e coragem. Voltei para o Brasil com a bagagem cheia de histórias, amizades e aprendizados que levarei para toda a vida”, declara a jovem.

Carne doce

Uma das curiosidades relatadas por Eliziane é que “a carne era servida doce com arroz parecido com aquele que vemos no sushi. Na mesma cidade ficaram outros intercambistas brasileiros. Agora a gente se tornou embaixador do programa Ganhando o Mundo com o objetivo de incentivar mais estudantes a participarem do projeto, ‘furando essa bolha’ que estamos inseridos”. 

A presença de Eliziane na Associação Empresarial de Beltrão mostra o impacto transformador destas oportunidades, trazendo um exemplo real de como o programa incentiva o protagonismo jovem, formando líderes que inspiram e transformam, mesmo com pouca idade.

Mais jovens ganhando o mundo

Neste ano de 2025 foram selecionados mais estudantes de Francisco Beltrão. São eles: 

Anita Menon Bortoloti (Colégio Reinaldo Sass), Felipe Schmitz Molski (Colégio Estadual Tancredo Neves) e Pietro Trevisol de Oliveira Massotti (Colégio Estadual Mário de Andrade). Esses estudantes vão embarcar em janeiro de 2026.  Contudo, os países de destino ainda não estão definidos. Mas geralmente é para o Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e Irlanda.

Do Colégio Agrícola de Francisco Beltrão, as estudantes Amanda Cristini da Silveira, Rafaela Bassoli dos Santos, Evelyn Rafagnin e Ana Laura Pasolini também se preparam para intercambiar a partir do ano que vem.

Fonte: Darce Almeida/Acefb


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