Kevin, um menino de 9 anos diagnosticado com autismo grau 2, foi vítima de agressão física e verbal dentro da sala de aula da Escola do Mar, em São José (SC), na manhã de segunda-feira (8).
A professora de Educação Física, identificada como Karoline da Silva Kilim, teria segurado o estudante com força pelos braços, sacudido o corpo do menino durante uma crise sensorial e gritado na frente dos colegas: “que criança chata do caral#*”.
A denúncia partiu da própria família da criança após inúmeros relatos e confirmações por outros alunos da turma, que relataram o ocorrido aos pais e à coordenação da escola. A repercussão mobilizou autoridades locais, e a Prefeitura de São José adotou providências imediatas: a professora foi afastada de suas funções e uma sindicância administrativa foi aberta para apurar os fatos.
Segundo a mãe de Kevin, Ketlyn Becker, o menino teve uma crise ao não conseguir fazer dupla com uma colega durante a atividade. Sem o acompanhamento da professora auxiliar, que estava em intervalo, a docente titular reagiu de forma agressiva.
“Ela segurou meu filho pelos dois braços, sacudiu ele e gritou ‘que criança chata do caral#*’. Depois colocou ele para fora da sala, sozinho no corredor”, relatou a mãe, em conversa com outros pais e em prints divulgados nas redes sociais.
Os colegas de turma de Kevin, estudantes do 4º ano, teriam ficado abalados com a cena. Ao chegar em casa, contaram aos pais que o menino foi sacudido e ofendido em sala de aula. Os relatos dos estudantes foram unânimes, segundo familiares.
“Mesmo pequenos, os alunos ficaram apavorados com o que viram. Muitos pais nos procuraram indignados. Até um dos colegas se sentiu culpado pela agressão que Kevin sofreu, mesmo não tendo feito nada”, disse um parente.
Tia da criança desabafa: “Isso não é educação, é abuso”
Sandra Mara, tia do menino, gravou vídeos denunciando o caso e cobrando uma resposta firme das autoridades.
“Essa é a professora que agrediu meu sobrinho. Sim, dentro da escola. Sim, uma criança. Isso não é educação, é abuso”, afirmou em uma publicação.
Ela relatou que o caso foi denunciado à Secretaria Municipal de Educação, ao Conselho Tutelar e também resultou em boletim de ocorrência.
“A polícia estava na escola. Não para punir a agressora, infelizmente, mas para atender a nossa família. Vamos até o fim para que ela nunca mais lecione”, declarou.
O Conselho Tutelar de São José também acompanha o caso e prestou atendimento à família. A rede de proteção foi acionada de forma conjunta após o relato dos pais e a repercussão nas redes sociais.
Segundo os familiares, Kevin segue sendo acompanhado emocionalmente após o trauma.
“Ele é uma criança alegre, inteligente, muito amada por todos ao redor. Enxerga o mundo de um jeito único. Ele não merecia passar por isso”, lamentou a mãe.
Professora tem histórico de militância política nas redes
Karoline Kilim, a professora afastada, possui perfis ativos nas redes sociais com publicações de viés político-partidário. Em fotos públicas, aparece com slogans como “#EleNão” e “Mulheres contra o fascismo”, além de compartilhar postagens críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não é o currículo no papel que define uma educadora, é o preparo, a empatia e o respeito com o aluno”, escreveu uma internauta em reação ao caso.
Fonte: Jornal Razão

July
Jornal Razão

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