Mãe salva pela filha de incêndio em apartamento recebe alta no Paraná

Foto: Arquivo Familiar

Sueli Vieira dos Reis, de 51 anos, recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (26) após passar cerca de dez dias internada em um hospital de Cascavel, no oeste do Paraná.

A mulher foi resgatada pela própria filha, Juliane Vieira, de dentro de um apartamento que estava em chamas. Para isso, a jovem de 28 anos se pendurou em um suporte de ar-condicionado no lado de fora do 13º andar do prédio onde a família vivia.

Segundo o Hospital São Lucas, Sueli está com quadro estabilizado e seguirá os cuidados de forma ambulatorial.

Durante o período de internação, ela chegou a ser entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por estar com queimaduras graves no rosto, braços, pernas, queimaduras nas vias respiratórias e por ter inalado fumaça.

Além da mãe, Juliane também resgatou Pietro, de 4 anos, filho da prima dela. O menino está internado na enfermaria do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), em Curitiba.

Ele inalou fumaça e sofreu queimaduras nas pernas e nas mãos durante o incêndio. Conforme o hospital, Pietro está clinicamente estável e recebe cuidados da equipe multidisciplinar especializada no atendimento a pacientes queimados.

O sargento Edemar de Souza Migliorini, que ajudou no resgate, sofreu queimaduras de terceiro grau. Ele recebeu alta após três dias de internamento.

Juliane está internada em uma UTI do Hospital Universitário (HU) de Londrina, na região norte do estado, referência no Paraná para tratamento de queimados.

Na última atualização, divulgada na sexta-feira (24), o hospital informou que a paciente mostrou melhora no estado de saúde, saindo do estado gravíssimo e passando para grave. Ela também passou de instável para estável. A mudança foi baseada nos resultados dos exames e nos sinais vitais, conforme o hospital.

Juliane permanece sedada e entubada. Ela teve 63% do corpo queimado e está em leito de terapia intensiva, no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).

O incêndio foi em um apartamento no 13º andar e começou na manhã do dia 15 de outubro. O edifício fica no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country.

Conforme apurado pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi visto por trabalhadores de uma obra ao lado do prédio. Eles foram até a portaria do condomínio e avisaram o porteiro, que informou os moradores, desligou o gás e a energia, e disparou o alarme de incêndio.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram a mulher pendurada na parte externa do prédio, em cima de um suporte de ar-condicionado, fazendo o resgate.

No apartamento, estavam Juliane, a mãe dela e Pietro. Todos estavam dormindo quando o fogo começou. A prima dela, que é mãe da criança e também vive no imóvel, havia saído para ir à academia e não estava no local no momento do incêndio, segundo apurou a RPC.

Depois de sair pela janela e fazer os resgates, Juliane foi retirada pelos bombeiros.

O cachorro da família também estava no apartamento e conseguiu escapar ileso quando a porta foi aberta.

Os outros moradores do prédio saíram do local em segurança.

As chamas foram controladas e o imóvel, que ficou destruído, isolado para inspeção técnica. No início da tarde do mesmo dia, houve uma perícia.

Conforme o perito Rodrigo Cavalcante de Oliveira Neves, a suspeita é de que o fogo tenha começado entre a cozinha e a sala, de forma acidental.

Fonte: G1