Foto: Amanda Stafin/SETI

A programação do Verão Maior Paraná 2026 conta com a participação das sete universidades estaduais e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) nas areias da Praia Brava, no Balneário de Caiobá, em Matinhos, na região do Litoral. Na primeira etapa, que começou nesta terça-feira (30) e segue até o próximo domingo (4), um grupo com aproximadamente 50 professores e estudantes das instituições de ensino superior desenvolvem atividades educativas, científicas, culturais, recreativas e de promoção à saúde para veranistas, turistas e a comunidade local.

A iniciativa reforça o papel social das universidades públicas, levando conhecimento e promovendo experiências que integram ciência, lazer, cidadania e bem-estar em espaços de grande circulação. O objetivo é mostrar como ensino, pesquisa e extensão dialogam diretamente com a sociedade, transformando a praia em um ambiente amplo de educação, ciência, cultura, saúde e convivência. O conjunto de ações também fortalece a formação dos universitários participantes e deixam um legado social, educativo e cultural para além do período de verão.

Para o secretário estadual do Esporte do Paraná, Hélio Werbiski, o Verão Maior é um ambiente privilegiado de integração entre a universidade e a sociedade. “O Verão Maior Paraná é o espaço mais democrático que eu conheço e foi uma grande oportunidade que o Governo do Paraná encontrou para integrar as forças do saber e as universidades do estado. Desde que começamos a gestão, temos uma parceria com as universidades. O estande da Seti é um dos mais visitados, e a cada dia aumentamos essa parceria”, destacou.

A Universidade Estadual de Londrina (UEL), por exemplo, leva às areias da praia uma oficina com jogos e desafios sensoriais, planejada para estimular a consciência corporal e o raciocínio de participantes de todas as idades. Na mesma linha de popularizar o conhecimento científico, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) desafia a complexidade das ciências exatas com oficinas práticas que convertem conceitos de química e física em experimentos divertidos e acessíveis, especialmente para o público jovem.

O incentivo ao pensamento estratégico é a proposta da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que utiliza o xadrez como ferramenta pedagógica para desenvolver concentração, lógica e planejamento. Já a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) aposta na tecnologia para cativar o público, oferecendo estações interativas com realidade virtual, impressão 3D e jogos digitais que proporcionam uma imersão no universo maker.

A valorização do brincar espontâneo como forma de expressão e socialização é a ideia central da ação da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que montou um espaço com pintura facial, circuitos na areia e brincadeiras livres. A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) foca na convivência entre gerações, promovendo atividades com esportes adaptados, ritmos e jogos cooperativos que buscam fortalecer vínculos sociais por meio do movimento e da ludicidade.

O professor Higor Fonseca, do Curso de Educação Física da Unespar, destaca a importância de levar a ciência para além dos espaços tradicionais. “A proposta reforça que a ciência está presente em todos os espaços de convivência e não se limita a laboratórios ou livros didáticos”, afirma o docente. “Levar a ciência para o Verão Maior Paraná amplia o diálogo com a sociedade e permite trocar o jaleco pelo chinelo, sem perder a qualidade das informações”.

SAÚDE INTEGRAL – A área da saúde marca presença no Verão Maior Paraná 2026 com projetos da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Um deles é dedicado à saúde bucal com ações educativas e preventivas por meio de dinâmicas que ensinam sobre higiene oral e incentivam hábitos saudáveis para fortalecer a autoestima e a qualidade de vida dos veranistas. O intuito é demonstrar, de forma prática e acessível, como os cuidados com o sorriso impactam o bem-estar da sociedade.

Para a universitária Caroline Campos, do Curso de Odontologia da UENP, a participação representa uma experiência marcante. “A odontologia no Verão Maior Paraná reforça o papel da universidade pública, com ensino de qualidade voltado à ciência, tecnologia e inovação, e o contato direto com o público, com apoio da tecnologia, permite levar orientações de saúde bucal de forma simples e acessível”, salienta. “Essa vivência fortalece meu interesse pela Odontologia e extensão universitária, pois aproxima a universidade da população com potencial para transformar realidades”.

A UENP também coordena um pronto atendimento de enfermagem itinerante. A estrutura oferece um acolhimento qualificado e assistência com privacidade para situações de baixa e média complexidade, com uma equipe profissional e ambientes específicos para triagem e procedimentos. O serviço realiza desde prevenção e orientação em saúde, primeiros socorros e curativos, até o atendimento inicial de urgências, atendendo turistas, trabalhadores da orla e a comunidade local.

FAUNA MARINHA – A UFPR, por meio do Centro de Estudos do Mar, realiza uma mostra didática sobre a fauna litorânea, com itens do acervo de projetos de ensino, pesquisa e extensão. A exposição destaca a biodiversidade da região, inserida no maior remanescente de Mata Atlântica do Brasil, além de valorizar os saberes das comunidades tradicionais, indígenas e caiçaras, que reforçam o compromisso da universidade com a sustentabilidade e o desenvolvimento regional.

Fonte: AEN