O que se sabe sobre funcionário preso com mais de 2 mil celulares de origem paraguaia em caminhão da Copel

Foto: Polícia Militar (PM-PR)

O caso de um homem preso com mais de dois mil celulares de origem paraguaia em uma caminhão na BR-277, no Paraná, tem repercutido no estado, isso porque o veículo era da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

A prisão em flagrante ocorreu quando o caminhão foi abordado em Santa Tereza do Oeste, no oeste do estado, durante uma operação integrada entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR) da Polícia Militar, a Receita Federal e a Polícia Federal (PF).

1. O flagrante do suspeito com a carga ilícita em caminhão da Copel

A prisão em flagrante ocorreu na sexta-feira (4) quando o caminhão foi abordado na BR-277, em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante a vistoria no veículo, os policiais encontraram um compartimento adaptado que não era compatível com o modelo do caminhão. Dentro dele, estavam os celulares avaliados em mais de R$ 1,7 milhão.

O motorista disse aos policiais que pegou a mercadoria em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e levaria até Curitiba.

Ele contou que receberia R$ 5 mil para realizar a entrega dos celulares.

2. Quem é o funcionário, de acordo com a companhia

O motorista preso é um homem de 36 anos. De acordo com a Copel, ele que era concursado desde 2012 e na data do crime trabalhou em Matelândia e deveria retornar a Foz do Iguaçu, onde finalizaria sua jornada de trabalho.

3. Por quais crimes ele foi preso e pode responder criminalmente

O homem foi preso em flagrante pela PRF pelo crime de descaminho. Ele foi levado até a sede da Polícia Federal (PF) de Cascavel.

As mercadorias e o caminhão foram apreendidos e levados para a Receita Federal.

4. O que diz a Copel?

Em nota a Copel, que diz ter suspendido o suspeito e aberto procedimentos internos para apurar o caso.

"A Copel informa que, assim que tomou conhecimento do fato, suspendeu o empregado do quadro da companhia, bem como iniciou os procedimentos internos para apurar esse grave desvio de conduta", disse a companhia.

A empresa garantiu que colabora com a polícia e disse que tomará as medidas cabíveis para que uma situação como essa não se repita.

"A Copel tem uma reputação a zelar e um código de conduta rigoroso, que é de conhecimento de todos os colaboradores, que por sua vez são treinados periodicamente nesse conteúdo, e lamenta pelo ocorrido", manifestou a companhia.

5. O que falta ser esclarecido sobre o caso?

O g1 acionou a Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (8) questionando sobre o andamento da investigação. A PF disse que não irá comentar sobre a apuração, que ainda está em andamento.

Falta esclarecer como foi feito o carregamento dos celulares contrabandeados e se o funcionário contou com a ajuda de algum colega para cometer o crime.

Falta esclarecer também se este foi um caso isolado da prática criminosa do investigado ou se ela foi recorrente ao longo dos 13 anos de atuação dele na companhia.

Fonte: g1