‘Minha Casa, Minha Vida’ avança com novas faixas para a classe média e pessoas em situação de rua

Foto: Tarso Sarraf

O programa Minha Casa, Minha Vida deu mais um passo importante na sua expansão com o lançamento da modalidade voltada à classe média, anunciado oficialmente nesta segunda-feira (5/05) pela Caixa Econômica Federal. Em entrevista ao programa Liberal Mais Notícias nesta terça-feira (6/05), o ministro das Cidades, Jader Filho, também destacou o início da obrigatoriedade de destinação de 3% das moradias para pessoas em situação de rua em 36 cidades brasileiras, incluindo todas as capitais.Financiamento para a classe média com juros menoresA nova faixa do programa, chamada de “Minha Casa, Minha Vida Classe Média”, contempla famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12 mil. Essas famílias agora têm acesso a crédito imobiliário com prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos) e juros nominais de 10% ao ano — abaixo da média de mercado, que gira em torno de 12%. Segundo Jader Filho, a medida atende a uma parcela da população historicamente excluída do programa por depender do financiamento via poupança, que está em baixa devido à alta da taxa de juros.

“Nós subsidiamos esse valor pras famílias para que possam alcançar o financiamento e realizar o sonho da casa própria no limite de até R$ 500 mil”, explicou o ministro.

Trabalhadores com pró-labore também poderão ser beneficiados, desde que comprovem renda dentro da faixa estabelecida.Habitação para quem vive nas ruasOutra frente do programa destacada por Jader Filho é a inclusão obrigatória de pessoas em situação de rua. Em 36 cidades brasileiras — todas as capitais e outras de grande porte — ao menos 3% das unidades habitacionais devem ser destinadas a esse público. A seleção será feita pelas prefeituras, por meio de companhias ou secretarias municipais de habitação.

“É uma novidade, um compromisso que foi firmado pelo presidente Lula. Nós agora colocamos em prática”, afirmou Jader.

Belém, por exemplo, é o único município do Pará com essa exigência, mas qualquer cidade interessada poderá aderir voluntariamente à nova diretriz.

Ministério das Cidades amplia atuaçãoAlém da habitação, Jader lembrou que o Ministério das Cidades também é responsável por áreas como mobilidade urbana, saneamento básico, macrodrenagem e desenvolvimento urbano. Ele citou a Estação de Tratamento de Esgoto do Una, em Belém, como exemplo de obra vinculada à COP 30 e conduzida pela pasta.“Cuidar das periferias do Brasil também é responsabilidade do Ministério das Cidades”, concluiu o ministro.

Fonte: OLiberal