Durante a gravidez da segunda filha, no fim de 2022, a professora Kayleigh Walker, então com 37 anos, começou a sentir dores nas costas e no pescoço muito intensas. A situação foi piorando progressivamente com o passar das semanas, até que ela não conseguia nem dormir por causa do incômodo.
O sinal, que já era uma manifestação de um câncer de mama avançado, foi ignorado pelos profissionais de saúde que a atenderam ao longo de meses.
De médicos a fisioterapeutas, os profissionais que Kayleigh buscou creditaram as dores à gravidez. Entretanto, a situação piorou tanto que ela se tornou incapaz de levantar a filha mais velha. Mesmo quando deixou o trabalho pela incapacidade de se manter de pé por tanto tempo e sentindo um caroço crescer em suas costas, os médicos preferiram não fazer exames complexos de imagem pelos riscos de um raio-X em uma gestante.
A dor persistente, inicialmente tratada com analgésicos leves e fisioterapia, evoluiu para espasmos e imobilidade. Kayleigh deixou o trabalho e passou a depender de cadeira de rodas para se locomover em casa sem sentir tantas dores.
Segundo ela, a incapacidade de suportar a dor foi vista muitas vezes como “frescura”. Outros sintomas começaram a aparecer, mas mesmo com sinais como um caroço no braço, protuberância na nuca e sensação constante de cansaço, não houve investigação mais profunda.
Foram sete meses de dor até que Kayleigh encontrou um nódulo no seio direito. Foi só nesse momento que uma ressonância magnética foi autorizada. O resultado indicava câncer de mama metastático, já avançado e espalhado pelos ossos. O câncer, do tipo triplo-negativo, costuma afetar especialmente mulheres jovens.
Fonte Metrópoles

Gabriela
Reprodução/Instagram/@shoot_the_closest_croc

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