Mãe recupera filha após ex-companheiro ser afastado por agressão e confusão familiar

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Uma confusão envolvendo a guarda de uma menina de dois anos gerou indignação em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina. A criança foi colocada no centro de uma briga entre os pais e familiares, registrada em vídeo e amplamente compartilhada nas redes sociais.

As cenas mostram a menina sendo puxada com força no meio de um confronto físico, em um episódio que desencadeou reações revoltadas da população e a atuação da Justiça.

Conflito começou com retirada da criança da creche

Segundo relato da mãe, Djulia Veleda Gomes, o pai da criança, Jordan Andrei Cordeiro, teria buscado a filha na creche sem autorização e a levado para a casa da atual namorada, com quem supostamente estaria há apenas 15 dias.

Em comentários nas redes, Djulia afirmou que não conhecia a família da companheira do ex e que não confiava no ambiente em que a filha foi colocada.

“Ele nunca foi pai. Nunca pagou pensão. Não tem esse direito. Só porque pagou uma pensão mês passado acha que pode levar minha filha assim pra casa de desconhecida?”, escreveu.

A mãe recuperou a guarda da filha e relatou o caso à Justiça, que concedeu medida protetiva contra Jordan. Segundo ela, o ex-companheiro já demonstrou comportamento agressivo e instabilidade emocional em outras ocasiões.

Jordan contesta e diz estar sendo vítima de armação

Em sua defesa, Jordan publicou mensagens, vídeos e prints nas redes sociais alegando estar sendo alvo de falsas acusações. Ele afirma que os vídeos que embasaram a denúncia foram interpretados de forma equivocada.

“Disseram que tirei a A. do braço da Djulia, mas era minha irmã no vídeo. Disseram que a casa era da minha mãe, sendo que era da minha sogra”, rebateu.

Jordan também acusa a ex-companheira e a família dela de manipularem provas para prejudicá-lo. Em uma das mensagens compartilhadas, ele afirma que o próprio pai o pressionava a transferir dinheiro com o objetivo de usar as provas contra Djulia. Ele diz ter provas de que está sendo vítima de armação judicial.

Justiça determina medidas protetivas

Um documento oficial compartilhado pelo próprio acusado mostra que a Justiça acatou os elementos do boletim de ocorrência registrado por Djulia, incluindo vídeos em que Jordan aparece puxando uma criança com força, trocando agressões físicas com familiares da ex-companheira e avançando de forma hostil sobre populares.

Com base nesses elementos, o juiz responsável determinou medidas de urgência conforme a Lei Maria da Penha, incluindo o afastamento de Jordan da mãe e da filha, e a proibição de contato com ambas.

Um oficial de justiça também chegou a contatar Jordan para intimá-lo oficialmente. Em resposta, ele afirmou que se apresentaria apenas com a presença de um advogado e prometeu apresentar as “verdadeiras provas”.

Comoção nas redes sociais

O caso gerou forte reação popular após a divulgação de vídeos que mostram a criança sendo puxada com força em meio ao tumulto. Centenas de comentários expressam revolta com o uso da criança como instrumento de disputa e cobram providências imediatas das autoridades.

“Coitada dessa criança! Deviam todos ser punidos. Além do trauma físico, tem o psicológico”, escreveu uma seguidora.

“A criança está sendo tratada como objeto. É uma cena revoltante”, comentou outro internauta.

Muitos usuários também mencionaram a necessidade de intervenção do Conselho Tutelar e do Ministério Público, apontando que nenhum dos envolvidos parece demonstrar condições emocionais adequadas para exercer a guarda com responsabilidade.

“Vendo esses vídeos, a briga nunca foi pela criança, e sim pelo ego de cada um.”

“O mais prejudicado é o psicológico da criança. Está todo mundo pensando no próprio sentimento.”

A reportagem apurou que o episódio está sendo analisado pelas autoridades, e que a criança voltou para os cuidados da mãe após a confusão.

O caso escancara a urgência de acompanhamento psicológico e social para todos os envolvidos, com prioridade absoluta à proteção e ao bem-estar da criança, como estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: Jornal Razão